Dois casos suspeitos de meningite bacteriana são investigados em Prainha; um paciente morreu
02/07/2025
(Foto: Reprodução) Um paciente internado na unidade mista Wilson Ribeiro aguarda liberação de leito pela regulação. Meningite bacteriana: Prainha investiga dois casos suspeitos
Reprodução/Redes sociais
A Vigilância em Saúde Municipal de Prainha, no oeste do Pará, divulgou nota informativa sobre a notificação de dois casos suspeitos de Meningite Bacteriana no município. Um dos pacientes faleceu no último dia 27 de junho e outro internado na Unidade Mista Wilson Ribeiro, em isolamento respiratório, aguarda liberação desde terça-feira (01/07) liberação de leito pela regulação da Sespa.
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Segundo o enfermeiro Bruno Laurido, da Vigilância em saúde, o paciente internado apresentou leve melhora no quadro após o início do tratamento com antibióticos.
Para reduzir os riscos de contaminação, uma vez que a doença é contagiosa e a transmissão geralmente ocorre através de gotículas respiratórias de pessoas infectadas, como ao tossir ou espirrar, ou por contato próximo e prolongado com secreções respiratória, medidas preventivas já foram adotadas pela Secretaria de Saúde de Prainha, como a suspensão das visitas hospitalares e suspensão de cirurgias eletivas. Está permitida apenas a troca de acompanhantes, nos horários de 7h e 19h, com uso obrigatório de máscara.
A Secretaria de Saúde também recomenda à população, que:
Utilize máscaras de proteção sempre que possível
Evite locais com aglomeração
Atualize seu esquema vacinal na Unidade de Saúde mais próxima.
Meningite bacteriana
A meningite bacteriana é uma infecção grave das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal, causada por bactérias. É considerada uma emergência médica e requer tratamento imediato com antibióticos.
Os sintomas da meningite bacteriana podem variar, mas geralmente incluem: Febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez de nuca (dificuldade ou dor ao inclinar a cabeça para frente), alteração do estado mental (confusão, sonolência, dificuldade de concentração), náusea e vômito, sensibilidade à luz (fotofobia). Em bebês, pode haver irritabilidade, vômitos, falta de apetite, abaulamento (elevação) da fontanela (moleira) e convulsões.
A doença pode causar sequelas como perda auditiva, danos neurológicos, convulsões, problemas de aprendizado e desenvolvimento, paralisia, problemas de memória e concentração. Em casos mais graves pode levar à morte.
Vacina
Desde terça-feira (01/07), a vacina meningocócica ACWY passou a ser ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças com 12 meses de vida. A mudança amplia a proteção contra os principais sorogrupos da bactéria causadora da meningite.
Meta é reduzir casos e mortes, especialmente na região Norte
Antes, o esquema vacinal contra a meningite incluía duas doses da vacina meningocócica C, aplicadas aos três e aos cinco meses de vida, e um reforço com a mesma dose aos 12 meses. Com a atualização anunciada pelo ministério, o reforço aos 12 meses passa a ser feito com a vacina ACWY, que protege contra os sorogrupos A, C, W e Y.
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