Início das obras da Blue Zone da COP30 é marcado por protesto de indígenas e movimentos sociais em Belém
Manifestantes realizam ato em Belém e pedem soluções para a crise climática
O início das obras da Blue Zone — espaço da COP30 onde deve ocorrer as negociações entre países — foi marcado por protesto em Belém nesta quarta-feira (23). No mesmo dia em que as estruturas da área começaram a ser instaladas, indígenas, ribeirinhos e representantes de movimentos sociais fizeram um ato em frente ao Hangar Centro de Convenções, que também faz parte do espaço da conferência.
Com faixas, cartazes e um globo terrestre inflável gigante, os participantes quiseram mandar um recado direto às lideranças globais que virão à capital paraense: “Na COP na Amazônia, a resposta somos nós”.
A ação ressaltou o papel dos povos da floresta na proteção do meio ambiente e a urgência de incluir suas vozes nos processos de decisão.
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Durante o ato, foi lançada a Declaração Política do Mutirão dos Povos Indígenas, assinada por 19 organizações sociais. O documento será entregue à presidência da COP30 e reúne reivindicações como a proteção dos territórios indígenas, financiamento climático direto para povos tradicionais e o reconhecimento da Amazônia como bem da humanidade.
Estrutura começa a ser montada
Estrutura da Blue Zone começa a ser montada no Parque da Cidade em Belém
A Blue Zone da COP30 será instalada no Parque da Cidade, que deve ser o principal local da COP 30 e onde ficava o antigo aeroporto da capital paraense.
A estrutura temporária da Blue Zone deve abrigar mais de 100 pavilhões, duas plenárias, áreas de convivência e escritórios de delegações de cerca de 190 países.
Para viabilizar a montagem simultânea da Blue e da Green Zone — esta última voltada à sociedade civil — o Parque da Cidade, que desde junho tem uma parte de lazer aberta ao público, será fechado a partir de agosto e entregue oficialmente à ONU.
A conferência da ONU será realizada de 10 a 21 de novembro, e a Cúpula dos Líderes um pouco antes, nos dias 6 e 7.
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