'Lava corpos': operação flagra sangue e fluídos de cadáveres despejados por funerárias em ruas de Belém
03/07/2025
(Foto: Reprodução) Locais foram interditados por crimes ambientais e risco à saúde pública. Funerárias são interditadas por suspeita de risco à saúde pública e crimes ambientais
Ao todo, sete funerárias foram interditadas depois que a Polícia Civil (PC) flagrou fluídos corporais e até mesmo sangue despejados de maneira irregular em Belém.
A operação "Lava Corpos" foi divulgada nesta quinta-feira (3) e ocorreu na quarta (2), em vários bairros da capital. Segundo a PC, os proprietários dos estabelecimentos foram autuados por crimes ambientais e risco à saúde pública.
Durante a ação, oito funerárias foram inspecionadas. Dessas, sete foram interditadas por ausência de licenças e por práticas ilegais, como o preparo de cadáveres em ambientes impróprios, sem as mínimas condições sanitárias, e pelo descarte indevido de materiais, como produtos químicos, além de sangue e fluídos, diretamente em vias públicas.
Operação passou por oito funerários em Belém.
PC PA
De acordo com as investigações, os estabelecimentos operavam clandestinamente há meses. Os resíduos que restavam do embalsamamento de corpos, incluindo formol e os dejetos biológicos, eram descartados sem qualquer tratamento, o que pode contaminar bueiros, calçadas e até áreas residenciais próximas às funerárias.
“Estamos diante de um quadro alarmante de poluição e risco sanitário. Fluídos de cadáveres, sangue e substâncias químicas eram despejados nas ruas, expondo a população a doenças e contaminando o ambiente urbano. Essa prática é criminosa e absolutamente incompatível com a dignidade do serviço funerário”, destacou o diretor da Departamento de Material e Patrimônio (DEMAPA), delegado Edson Azevedo.
A equipe também apreendeu documentos e materiais que servirão como provas para o inquérito policial em andamento.
A PC informou que, além das interdições, os responsáveis pelas funerárias autuadas sofreram sanções administrativas e serão intimados a prestar depoimento. Eles poderão responder por crimes de natureza ambiental, sanitária e penal, com penas que variam de um a cinco anos de reclusão, além de multas.
A ação contou com apoio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belém (Semma) e do Ministério Público Ambiental (MPA).
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